terça-feira, 15 de abril de 2008

Nomes das ruas

Já não me lembrava de como é bom saír de casa bem cedo, nestes dois quarteirões que percorre até ao Técnico parece Viseu de manhã tirando aquela passadeira que entope de carros; não preciso de me desviar de ninguém até lá chegar, mesmo que goste de ter que o fazer, não há carros em segunda fila, o hotel não tem senhor à porta, e a maior concentração de pessoas que vejo é num muro que está cheio de cartazes, cada banda são logo uns quatro ou cinco senhores.
Depois ia a pensar que não sabia o nome das ruas por onde passava até chegar à RNL, de maneiras que ia a olhar; então pus-me a pensar se sabia fazer uma história com os nomes das ruas, quer dizer, são quase sempre nomes de pessoas, vou ver se juntando aquilo tudo chego a algum lado que me dissesse respeito de alguma forma, como que vim aqui parar por alguma razão prevista no terramoto de 1755. Mas acho que aqui no Campo Pequeno ainda não havia nada disso, mas já está escrito, já está dizido.
Vou ver se faço isso.
Levantei-me para estar das oito às doze a fazer oscilar molas, sem suporte, e depois dentro de água. É difícil achar aquilo interessante quando levantar quase não faz sentido para ti, mas acabei por receber A na execução porque fazia aquilo meticulosamente. Perdi um bocado de tempo a ver a mola a subir e a descer, a subir e a descer, a subir e a descer, a subir e a descer, a subir e a descer, até que parava. Faltava-lhe o meu dedo que puxava um fio, e quando o soltava, ela voltava a fazer o que eu gostava de ver.
Parti-te o fio, foi?
Ou a mola?
Já agora, fui jogar no Euromilhões, quase por mesquinhice daquele famoso ditado.
Supostamente, devo andar cheio, cheio de sorte. Não metam o 23, já meti eu.

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