terça-feira, 29 de abril de 2008

Tenho tantas saudades minhas.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

O trabalho que dá

.rel sa ed aicnêicap mahnet euq saossep ret e ,arvalap à rolav raD .otrec es-revercse osicerp É .ohnicapse oneuqep mun otnemitnes otnat revercse uo ,adiv asson a erbos revercse ád ohlabart otnauq somaton oãn ,sezev sÁ

Ele

"Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza nao é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar..."

- Alberto Caeiro.

Viva os Cravos.

Fiz aquela viagem de 4 horas e tal que falei. Maior que essa só tinha feito a de regresso de Paredes até Lisboa por causa da minha bisavó.
Esta soube-me bem, carreguei-me de CD's de música, e troquei-os mais vezes que meti mudanças.
Ao chegar a Viseu, um sol de fim de dia que me queimava metade das saudades de casa de uma vez. Cheguei a casa, e com aquele sol todo a bater nas janelas de dois por cinco, a casa continuava fria, gélida mesmo. Ecoava só de pousar o mala da roupa na entrada. Parecia um pedaço de céu abandonado, para fazer um xixi tinha que ir à rua ligar a àgua primeiro. E até que os canos ficassem cheios, havia barulhos por toda a parte, como nos filmes de terror em que começa a saír sangue das torneiras e o caraças. Freaky.
Saí à rua. Primeira pessoa que chamei? O David, sim, o chinês com quem fiz a minha infância quase toda. Seguimos para o primeiro bar com esplanada que vimos, para onde fomos falar das nossas habituais conversas: As nossas cenas de infância. Priceless, estar com ele. Priceless.
Ah, no fim o cabrão obrigou-me a beber um Kalashnikov e a morder o limão, foda-se. Quando era puto não bebia daquilo, mas vá.
Chega a quinta-feira, fui almoçar ao centro, e segui para Aveiro ter com os três farpinhas de lá, o Nuno, o Telmo e o Marco. Mas os outros foram todos lá ter, menos o Xico, fiquei fodido com ele. Aí telefonaste-me, quando cheguei. No momento em que tranquei o carro.
Fomos para a praça à noite, no Estádio era Hip-Hop, e eu com isso, só aqueles old schools de Miami que andavam de skate, ou esquece lá isso. Partimos um vidro da Cascata, e fugimos, eu estava ao lado, e o vidro partiu-se todo ao meu lado. Permaneci. Gostei da ideia de ver o mundo todo a partir-se, e eu ali quieto, numa parte onde o vidro estava inteirinho. Estava sozinho, mas pelo menos não parti nada, não fiz asneiras, e ri-me como eles.
Acabei a garrafa de Favaios toda, e deitei-me cedo.
No dia a seguir, ofereceram-me bacalhau assado para o almoço (como pouco peixe, nota brevis para vocês), e a ressaca e o sono juntos ao sal e ao alho, levaram-me ao consumo de um litro e meio de coca-cola com bacalhau, mas vá.
Fui molhar os pés à Ria, naquela parte onde era uma fábrica e agora é um centro de congressos. Eu a morrer de calor, e os gajos das tunas de um festival qualquer que ali havia todos trajados a morrer, imagino. Podia estar pior, pensei eu. Molhei os pés na água, naquele sítio de madeira onde os barcos encostam e que tem pneus à volta. Como estava a ser bom de mais, claro que meti logo uma farpa de madeira pelo dedo adentro. Logo na mão, a mão. Que é tanto.
Costumo dizer que tenho mais jeito para dançar com as mãos que com os pés, e um dedo com uma farpa ajudava pouco a sentir-me bem comigo mesmo. Ás 19h saí de lá, eu e o João Maria. Calor infernal, fomos os dois no carro de vidros abertos, música gravada de propósito, e soube tão bem. Ir com ele por ali fora, a falar, a sentir Verão, a sentir calor, férias, e aquelas cenas de gajos que sabem a cevada e a "ya altamente!". Posso dizer que por uma hora, fiz uma surf trip, sem pranchas e sem surf.
Chegado a Viseu, fui a casa tomar um banho, saí para ir jantar, e fui tomar café com uma saudosa amiga do 10º ano, p'ráí. Quando me disseste por vezes te arrastares lá pela tua cidade, não fazer nada por casa, seguir para os cafés, ficar acordada até tarde, tudo isto até as obrigações nos darem tamanho chapadão que está na hora de mexer os glúteos, senti-me um pouco mais acompanhado. É que eu estudo nas aulas, estudo à noite, e durante a tarde desfaço-me em textos destes e fotografias e filmes e merdas deste género, e à noite só me resgatam quando o sono é tanto que não me aguento.
Uma mini, e amendoins, queres? Lol, e eu a café. E uma mini no teatro? Obrigado pela companhia.
Sábado, acordei cedinho, andei a fazer coisas no jardim, mas perdi lá imenso tempo e não fiz nada. Depois de almoçar fui à rua. ao Central, pedi um café, gamei uma revista ao Gil e fui lá para fora para aquela escadinhas debaixo da Companhia Paulo Ribeiro a beber o meu café duplo com gelo (num copo de whisky, o Gil não acerta uma nessa parte de escolher copos), a minha revista, um cigarro, e a escada no meio da rua sentado. Quando dei por mim, as pessoas estavam a olhar para mim com um ar estranho, tipo de tolinho no meio da rua, estavam-se a importar comigo. Depois é que me lembrei que estava em Viseu e não em
Lisboa. Se bem que uma vez, a Inês fez um "WOO HOO" ali ao pé do Marquês, e alguém respondeu de dentro do autocarro. Heh.
Depois fui jogar ténis para o Fontelo com o João Tó, e já que estamos em Portugal (sim, sou crítico destas merdas do desenrascanço), se não podem fazer um campo de terra batida, não vão andar a espalhar areia em cima de piso duro. Á custa dessa merda, a minha mão decidiu ir ao chão, o que resultou em mais três dói-dóis nas minhas coisas que mexem e sentem, logo agora que perdi o médico de família.
Jantar de anos da Lekas, a Eva emborrachou-se toda e fez sete montinhos de vomitado. Eu andei a falar de conchinhas e mãos de fada. Pois, estava de carro. Acabei o sábado a comer uma dose de batatas fritas no Obviamente, e pronto, fui para casa, não sem antes passar por uma parte lá na circunvalação em que vês a Sé de Viseu toda iluminada, como se a minha cidade fosse só aquele bocadinho.
Em suma, nestes dias falei mais que em 15 dias de Lisboa.
Claro que depois para culminar em maravilha, adormeci às quatro e pouco da manhã na minha cama (que em todos estes dias que lá estive não me lembrei de ti), e tive este estúpido e feio sono que descozeu o remendo que tinha andado a fazer nestes dias.
Agora olha, não sei outra vez, mas vá.

Sempre vosso,
João "Habitualmente" Mariano.

domingo, 27 de abril de 2008

Cansado

Estou tão farto desta hora do dia. São quatro e um minuto da manhã.
Amanhã, de volta a Lisboa, explico.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Ornato Violeta

Foi como entrar, foi como arder. Para ti nem foi viver, foi mudar o mundo sem pensar em mim.
Mas o tempo até passou e és o que ele me ensinou, uma chaga pra lembrar que há um fim.
Diz sem querer poupar meu corpo, eu já não sei quem te abraçou, diz que eu não senti teu corpo sobre o meu.
Quando eu cair, eu espero ao menos que olhes para trás.
Diz que não te afastas de algo que é também teu.
Não vai haver um novo amor tão capaz e tão maior, para mim será melhor assim. Vê como eu quero e vou tentar sem matar o nosso amor não achar que o mundo é feito para nós.

Ouvi dizer que o nosso amor acabou, pois eu não tive a noção do seu fim. Pelo que eu já tentei, eu não vou vê-lo em mim, se eu não tive a noção de ver nascer um homem.
E ao que eu vejo, tudo foi para ti uma estúpida canção que só eu ouvi. E eu fiquei com tanto para dar, e agora não vais achar nada bem que eu pague a conta em raiva.
E pudesse eu pagar de outra forma.
Não havendo amor de volta, nada impede a fonte de secar. Mas tanto pior.
E quem sou eu para te ensinar agora a ver o lado claro de um dia mau.
Não vou procurar quem espero, Se o que eu quero é navegar.


Os Ornatos Violeta podiam muito bem aqui escrever. Juntei pedaços de música enletrada, e saíu isso.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Caro Mariano (este nome é bem porreirinho)

Estive quase, quase, para postar o e-mail que me mandaste.
Quase.
Obrigado, mais pelo elogio a esta minha casa que a mim mesmo.
See you, stranger.

Amanhã é dia 23

Amanhã é dia 23, não haverá tempo para escrever. Amanhã planeei o meu dia para simplesmente ir fazer quatro horas e meia de carro, com cd's atrás de CD's.
Podia ser o homenzinho que todos os dias acorda às quatro da manhã, para às cinco estar na tipografia industrial a apanhar os jornais, só aqueles fixes, os outros tipo O Crime e assim não queria, e metia-me na minha carrinha a ouvir música, quando não há ninguém, quase ninguém na estrada, e vagueava por aí, a ouvir música, papelaria atrás de papelaria, cidade atrás de cidade.
Só não podia era ir ver o Nick Cave como fui ontem, porque tinha que me deitar bem cedo.
Pois, pensando melhor perdia-se muita coisa. Não podia ouvir acordeão no miradouro de São Pedro de Alcântara quase de manhã, quando fiz anos. Não podia ir à escola de manhã e quando não houver carros, não perdia o meu emprego, ou quando os jornais de hoje em dia passassem a ser meros cromos de colecção como as cartas de correio que deixei encravadas na gaveta são, também não ficava sem emprego.
Pois, se calhar é melhor ficar assim.
Tantas coisas que se perdem quando temos que escolher. Tantas coisas que se ganham, está bem. Os pássaros mudam de ninho todos os anos? Não sei, estou a especular, mas a não ser que viesse uma daquelas velhas beatas e me fodessem o ninho que tinha feito escondidinho na calha da chuva em casa delas, eu ficava por lá.
Dig, Lazarus, Dig.
Gostava de não ter que escolher, muito menos que escolhesses por mim. Será que só eu é que vejo que se perde sempre alguma coisa quando se tem que escolher? Porra, se eu tiver uma maçã e uma laranja para comer e só comer a maçã, tive que escolher, não é? Sim, está bem, podia comer as duas, é?
A cena é que depois quando tiveres fome, nem a maçã tens, nem a laranja.
Eu pessoalmente só prefiro as maçãs por serem mais fáceis de comer, não tenho jeito para descascar laranja, mas são mais docinhas. Ena pá, que complicado só por causa de ter que escolher entre comer uma maçã e uma laranja. Tanta merda, bastava parti-la ao meio, qualquer uma, e comê-la contigo.
Agora, há coisas que não quero escolher, há coisas que escolho fazer, e há coisas que quero que escolham para mim.
No que a mim me cabe, vou andar de carro amanhã.
E fazer uma máquina agora.
E pôr uns tapetes a apanhar sol, ou a arejar.
E escrever isto, já tinha decidido.
E estudar, escolheram por mim que hoje não me apetece.

Bom dia, amanhã é dia 23.

domingo, 20 de abril de 2008

Queres flores?

Ontem no bairro fiquei parado por uns momentos, só reparei quando aquelas duas baixinhas de biológica que não sei o nome já me estavam a puxar pelo braço para eu olhar. Bloqueei por causa dos marroquinos que têm patos que metem a língua de fora, tiaras, anéis, mas principalmente, flores.
Eles vieram estragar o que de bonito havia em entregar flores espontâneas. Se eu for pela rua e roubar uma flor à Câmara Municipal de Lisboa e a quiser dar, corro o risco a receber uma resposta do género "Que bonita! Compraste quantas por 1 euro?"
Tenho que comprar um canteiro inteiro de flores para ser bonito como se queria? Não, bonito como eu queria era dar só uma, e guardar-se espetada num quadro de cortiça. Mas eles vieram invadir o meu bonito, parece-me.
Provavelmente, daqui a uns tempos eles vendem também cartas de correio azul, prontas a enviar, corações em ardósia trabalhados à mão e coisas do género. Anda difícil, isto!
Ou isso, ou vou passar a oferecer ervas daninhas. Ou cactos. Plantas que por muito que as mates, elas ficam, renascem, reaparecem, reproduzem, e fazem flores amarelas ou brancas, pequeninas e que depois de pisadas voltam ao sítio. Assim quase como eu, uma erva daninha, faz o que quiseres sobre uma, ela volta a aparecer. A única solução, infelizmente, é quando tu semeias sobre ela uma flor nova.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Hoje ele estava noutra


Acordou meia hora mais cedo que o costume, afinal a aula era meia hora mais cedo hoje. Banho? 'Nah, hoje tomo antes de jantar. Lava a cara e os dentes durante imenso tempo e ri-se no fim, e vai semi-nu à marquise espreitar lá para fora, ele e os chapéus de chuva têm uma relação de amor-ódio ao longo dos tempos. Veste o impermeável, mete o livro da teoria dos conjuntos por dentro como se tivesse engravidado do conjunto dos imaginários, desses já ele gosta. Escola e volta. Almoça, e vem escrever no blogue.

Só fiz metade da cama hoje, e os lençóis do Fraga que estão ali estendidos na marquise deixam-me o quarto todo verde.
Hoje já não vou ao meu e-mail aquelas vezes todas por dia.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Antes de entrares na faculdade

Naqueles textos que as pessoas escrevem do tipo "COISAS QUE DEVES SABER ANTES DE ENTRAR NA FACULDADE", vinha lá este no dito cujo ponto número 23:

23. Vais descobrir que depressão, solidão e tristeza não sã
o coisas de quem não tem nada para fazer;

Mas calma, acertou ali no sítio errado, mas os outros 27 são todos porreiros. Faltava lá era dizer que "Se estiveres na faculdade em Lisboa, vais ver textos de Pablo Neruda escritos por Alfama.", se
bem que para isso andar na faculdade não interessa para nada.

Cemitério de
beijos, ainda
tens fogo nas
tumbas
ainda as uvas
ardem debi-
cadas por
pássaros


Nomes das ruas

Já não me lembrava de como é bom saír de casa bem cedo, nestes dois quarteirões que percorre até ao Técnico parece Viseu de manhã tirando aquela passadeira que entope de carros; não preciso de me desviar de ninguém até lá chegar, mesmo que goste de ter que o fazer, não há carros em segunda fila, o hotel não tem senhor à porta, e a maior concentração de pessoas que vejo é num muro que está cheio de cartazes, cada banda são logo uns quatro ou cinco senhores.
Depois ia a pensar que não sabia o nome das ruas por onde passava até chegar à RNL, de maneiras que ia a olhar; então pus-me a pensar se sabia fazer uma história com os nomes das ruas, quer dizer, são quase sempre nomes de pessoas, vou ver se juntando aquilo tudo chego a algum lado que me dissesse respeito de alguma forma, como que vim aqui parar por alguma razão prevista no terramoto de 1755. Mas acho que aqui no Campo Pequeno ainda não havia nada disso, mas já está escrito, já está dizido.
Vou ver se faço isso.
Levantei-me para estar das oito às doze a fazer oscilar molas, sem suporte, e depois dentro de água. É difícil achar aquilo interessante quando levantar quase não faz sentido para ti, mas acabei por receber A na execução porque fazia aquilo meticulosamente. Perdi um bocado de tempo a ver a mola a subir e a descer, a subir e a descer, a subir e a descer, a subir e a descer, a subir e a descer, até que parava. Faltava-lhe o meu dedo que puxava um fio, e quando o soltava, ela voltava a fazer o que eu gostava de ver.
Parti-te o fio, foi?
Ou a mola?
Já agora, fui jogar no Euromilhões, quase por mesquinhice daquele famoso ditado.
Supostamente, devo andar cheio, cheio de sorte. Não metam o 23, já meti eu.

Esperem, só antes de irem para a cama!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Isto era com laranjas!

Esta aqui pega no velho e faz franchising da melhor qualidade.

Sim

Sim.. Bebo socialmente, o pior é que sou muito sociável. Estou sozinho num café e socializo com o cigarro q estou a fumar ou com as cadeiras. Mas não sou maluquinho, apenas puxo por um e sento-me noutras.

Tiago "Takie"

E a seguir a uma piada,

Olá, eu sou o agente secreto.

Ficou gravado. Eu sou o agente secreto.

domingo, 13 de abril de 2008

Olá, este é o meu blogue.



Sou informático. Gosto destas coisas assim todas para a frente, como um blog como este. Tal e qual se fosse artista gostava de ver o bloco que hoje levava no bolso, que tem não só palavras, tem penduricalhos, de palhetas a manuais de instrução para pedras preciosas, para to entregar com frases feitas, e guardei-o. Ainda não consegui dar-to, mas ficas tu com ele, far-te-á mais falta a ti depois, só por isso. Adiante, gosto deste blog porque tem imagens colocadas no sítio certo, um aspecto gracioso como já tive, e tem todos aqueles penduricalhos que não evito no meu dia-a-dia (sim, estas coisas todas à direita disto que lês). Gosto dele porque tenho conversado com ele. Gosto dele porque me tem feito companhia. Essa foto está tenra, novata, tem ali dois "6" que são do rolo da máquina, enfim, tem que se ir aprendendo daquilo. E eu pareço uma máquina nova. Eu pareço uma máquina nova.

Eu, João, rapaz de mãos limpas e que dançam melhor que os meus pés, tenho as mãos sujas. Sujas do suor que deixo nas teclas brancas do meu portátil por aqui escrever. Se não queres participar, assiste. Esta peça é para ti. Bem vinda ao meu teatro de emoções.

Encore is an additional extra performance of a musical piece at the end of the regular concert, which is not listed in the event setlist, from the French encore, which means again.

Quis ser cega para não poder ver Isto.


Não é a minha demissão. É um pedido de férias. Deixa-me ser turista e poder exercer o ofício de contemplação. É bonito demais que chego a sentir o coração a suar. Tenho a mesma sensibilidade, mas a boca escolhe palavras feias para descrever o que vejo e o que tento ignorar de olhos e ouvidos fechados. Este canto é a tua maior e melhor conquista. Eu deixo aqui 23% de mim em cor amarela que tende para o sepia. Os outros 77 estão espalhados por Lisboa. Não te peço para os colheres, só para os pisares como chão que não magoa. Tremo só de pensar que esta tua casa que já foi nossa está de portas abertas para os olhos de Outros. Não componhas hinos à saudade. Só quero que a massajes sem dor e com a cabeça no sítio. Não faças deste esconderijo terapia, para isso telefona-me que sou 96.


Here i am

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Obrigado.

Recebi dois comentários nos últimos dois dias e um fortíssimo agradecimento por ter este blogue, também.
Obrigado, fizeram-me acalmar. Sinto falta de falar com vocês, que só ouvem.
Já agora, decidi abrir o blogue a quem segue este vinte e três como eu; nada como o filme com o meu amigo Jim Carey. Não é uma busca ou uma perseguição frenética, é sorrirem quando o vêm, só, mais nada.
Enviem um pedido para xjoaomarianox@sapo.pt.
Vou agora ver Boys Noize, espero que toque a remix de Feist. Ah, e hoje levo a minha t-shirt com uma matrícula de Outubro de 2005 com um 23.

Obrigado João, Obrigado J. Martins, Obrigado Joana.

Ai o meu parque.

Que giro, olhem aqui na minha cidade, na cidade onde nasceu o vinteetres.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Tantos e tantos dias.

João chega a casa e já era escuro, andava um vento frio e a chuva como ela: ora vinha, ora parava.
Dentro de casa também era escuro, como ele gosta quando está triste, fá-lo sentir melhor, vê menos as suas paredes. Poisou o seu caderno estilo pseudo-artista cheio de algoritmos e matrizes e o livro grosso porque gosta de o levar e diz "Foda-se..", estava cansado. Cansado da escola, cansado das passadeiras, da chave no bolso e da boca calada.
Passou a mão pela cara e limpou a chuva que escorria como lágrimas que não saíam dos olhos, e sentia o fumo de Lisboa na pele.
"Preciso de um banho, mas estou cansado para o ir tomar.".
Olha para o piercing, e sente-se mais calmo. Aquilo diz-lhe que por raros momentos ainda é ele que comanda o corpo.
Fome, nada para comer, "Merda, rua outra vez...". Fala pouco, sozinho. O que ele dava agora por uma tarte de maçã e um café com canela. Mas estava cansado para a ir buscar.
Estica-se sobre a cama, sente o conforto e levanta-se outra vez, aquilo não é para ele às 4 da tarde, era para eles só. Para ele, dormir sem ela agora era como perder tempo de vida, se bem que acordado matava-se a pensar, era a cabeça vazia a oficina do diabo.
Decidiu pegar no rolo e ir à baixa revelá-lo. Graças a Deus que não foi. Decidiu-se a sentar na cama e adormeceu, de cansado.
Sentiu-se cansado de não se cansar de a querer.
Adormeceu, descansado.

A pressão de ar.

um amigo meu a falar comigo, sobre o seu desaire amoroso, quase canónico com o meu:

nos os gajos somos sempre uma pressao de ar
e elas um tanque de guerra
se elas decidirem
tu podes andar aí
puf puf puf puf
a dar de pressao dar
dar os tiros que quiseres
que nao importa nada
nao fura
e elas
ja te rebentaram todo

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Faixa 4

Estás de volta
Tão vazio
Tu andavas louco,
Mas ela amava pouco.
Não desistas
Por tão pouco
O amor tem estado sempre perto
És tu quem não tem estado cá.

Tem andado gente à tua procura,
Tem andado gente à tua procura.

Agora,
Vem de volta que eu seguro,
Tens andado longe demais de ti
Deixa que os teus bons braços te larguem
Para que os teus bons sonhos te levem
Deixa que os teus bons dias te lavem
Sem perguntar para que servem

Pois nada melhor que um sonho a dois
Em cada um de nós

Deixa que os teus bons braços te larguem
Para que os teus bons dias te levem

Pois nada melhor que um sonho a dois
Em cada um de nós

Tem andado gente à tua procura
Tem andado gente à tua procura
Tem andado gente à tua procura

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Há sempre chão?

Olá, este sou eu. Este é o meu quarto e este é o meu pequeno buraquinho.
O meu buraquinho racha-se mais todos os dias, e é escuro lá no fundo.
Tu estás dentro desse buraquinho, eu quero ir ter contigo mas não quero ir para aí.
De uma maneira de outra (sendo elas "a bonita maneira de ver esta música", ou caír no buraco),
I Will Follow You Into The Dark.
Enquanto há chão, fico aqui em cima à tua espera.
Ah, se não puseres cá o braço de fora, não consigo puxar.
O Tiago diz "mas tens que agarrar, para eu poder puxar".

terça-feira, 1 de abril de 2008

Dia das mentiras.

Hoje faço 20 anos. Quis deixar para comentar o vídeo um comentário, que em inglês mal-tratado, sabe dizer para não se suarem as coisas pequenas.
Ora diz ele "aren't we all child like in one way or another. The universe is so big and we are so small just in saying that, that makes you feel small and child like and if you don't like it then don't watch it. no big deal. don't sweat the small stuff people. thats what makes people wonderful... we are all different. and that it beautiful. respect all peace luv and respect."


"Sandra", esta é para ti.

Um dia, um dia.