quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Receita

Bacalhau ao Natural

Ingredientes:
1 posta de bacalhau
1 litro de água
1 CD de Jimmy Cliff
1 pacote de chá biológico

Deite a água dentro de uma chaleira e ponha ao lume. Ligue a alta fidelidade e ponha o Cd de Jimmy Cliff, se possível na faixa «By The Rivers Of Babylon». De seguida, disponha-se numa rede ou em alternativa o sofá. Não refogue nada e espere até que a água ferva. Deixe tudo ao natural, não demolhe o bacalhau. Arranque as barbas ao bacalhau, não ceda à tentação de fazer um bacalhau à anos 70 (não caia no ridículo, bacalhaus desses só mesmo nessa altura é que se comia).
Entretanto ponha a saqueta de chá dentro da chaleira e deixe repousar durante alguns minutos. Converse com os amigos que previamente convidou e deixe fluir uma energia positiva que se sinta em toda a casa. De seguida partilhe o chá demoradamente. Entretanto o bacalhau está pronto.
Coloque-o numa travessa e leve-o para a sala acompanhado de garfos q.b. Sorria. Fique feliz. Porque apesar de seco é natural.

sábado, 17 de novembro de 2007

O Bairro Alto

Não sei se já despachaste o etmóide ou não, estou de costas para ti à procura de um projecto para amanhã. Fazemos dois anos.
Encontrei pouco ou nada pela net, parece-me que se vai improvisar amanhã.
Pas mal, já se anda a aprender isso.

Mas ainda assim encontrei isto:

"O meu nome é Isalina Carvalho e nasci no Bairro Alto em 1944.
O Bairro Alto encontra-se empoleirado na encosta da mais alta das sete colinas de Lisboa. É um dos bairros mais antigos da capital (mais de 400 anos) e também um dos mais populares.
Desde os grandes trabalhos de renovação realizados na década de 90 pela câmara municipal, o bairro já não é exactamente o bairro pitoresco da minha infância mas ainda lhe estou fielmente apegada.
Adoro as suas inumeráveis ruelas repletas de histórias, as suas escadarias que descem rapidamente as encostas da colina, as suas fachadas de cores usadas, as suas varandas floridas em ferro forjado, as suas livrarias antigas, as suas tascas espalhadas onde ainda podemos beber um vinho branco ou um Porto sem idade, o seu miradouro Santa Catarina, o seu eléctrico, os seus ambientes sonoros e os seus odores a sardinha assada.
Sair para ir beber um copo e cantar, isto faz parte da cultura profunda do meu bairro. Isto continua a fascinar-me, assim como o fará sempre.

O Bairro Alto é o teatro da minha vida."