terça-feira, 6 de maio de 2008

Portugal no coração

Hoje fui assistir ao programa da tarde, aquele do João Baião na RTP1. Esteve lá o Pedro Paixão, e o programa era sobre a paixão, que dia bom para lá ir.
A senhora perguntou se nós passávamos bem por namorados, e o que é que fazíamos se ele pedisse um beijinho. A única vez que falei com o João Baião foi mesmo no fim para tirar uma foto com ele, haha. Ele fuma, que cena. E ele deve meter LSD assim que acorda. É feliz, ele.
Ás vezes achamos que há coisas tão secantes, como o Portugal no Coração, mas quando olhas melhor para as coisas: Esteve lá o Pedro Paixão a falar da Rosa Vermelha em Quarto Escuro e a falar de como é que é essa coisa de escrever sobre a paixão. Ele disse que ele só conseguia escrever de uma paixão quando ela morre, divagou um bocado demais mas ainda disse algumas coisas bonitas; e mais uma vez, ele é verdadeiramente a melhor maneira de explicar isso do olhar melhor para as coisas, é que pensas nele como sendo um escritor de paixão, e imaginas uma imagem física e de saber ser e saber estar dele que não é verdadeira, pois ele é muito alto, algo gordo, e ri-se e ri-se imenso para quem escreve sobre a temática do amor, quase sempre frustrado ou à beira da frustração e estudou em colégios franceses.
As raparigas dos Morangos que lá foram eram umas coitadas... Havia uma que dizia ter acabado um relacionamente há pouco tempo e que tinha pena. Com ela, ia um rapaz negro que era tão interessante, ele andava a tirar engenharia como eu, e deixou aquilo tudo para andar pelas escolas a contar histórias. A mãe dele todos os dias lhe pergunta quando é que ele arranja um emprego a sério.
Ainda lá estiveram a falar do festival de teatro universitário que começou ontem, aqui na capital.
No fim no fim, acabou por ser mais que bonito, tirando lá o Beto a cantar e eu ter que lhe bater palmas.
É giro o que consegues escrever sobre algo onde antes apenas sabias que existia, que conhecias; É quase como passares todos os dias à porta dum Teatro e saberes que lá fazem "cenas". Já vi que cenas são essas, afinal.
Depois fui lanchar para um anfiteatro ao ar livre no Técnico, e daqui a nada vou com a minha mãe jantar fora ao Príncipe Real, ao Snob.
Há coisas do Old Lady's Arch.
Quando ainda estava em Viseu a morar em Abraveses, estive para comprar uma casa paredes-meias com uma bomba de gasolina.
E por causa do Pedro Paixão, não sei o que é que hei-de escrever mais hoje.
Ando colado em Crystal Castles, na música em que estão as vozes da Dead Womb dos Death From Above 1979.

2 comentários:

Paris disse...

Ao Snob? Sem mim no mesmo banco individual que tu?

:)

tragediadiscreta disse...

Sim, fiquei mesmo nessa mesa, acreditas?
Só não dividi o bife.
Beijinho grande e obrigado por me ensinares a ser um grande Snob. :)