segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

As crónicas da janela Ou o ano 2008, (parte 1?)

Música para ler: Diana Krall - Little Girl Blue

Começa-se com discos, reveillon e texas.
Guarda-se a pulseira, guardam-se as memórias e até se guarda um terço de usado ao pescoço.
No novo ano há vontades novas.
Quase 23 dias depois de 1 de janeiro, reabre-se a edição Lisboa com um novo modus vivendi.
A Sónia bazou, chega uma nova companhia. Imensos sorrisos trocados nesses dias por aí.
No primeiro dia que cheguei a essa janela, era de noite, o meu pai tinha acabado de ir, e eu estava chorão por isso. Ao chegar, aliás, antes de chegar, já tinha inventado o título "As crónicas da janela". Era de noite, e os aviões passam e vibram as janelas. Uma imensa vontade de vir escrever ao nosso canto. Não passou a vontade, passou a oportunidade, só.
Piero Umiliani aparece nas minhas listas musicais, em 2008.
Do tempo que passo aí, apesar de repleto de "nada para fazer", ocupo-me de pensamentos bonitos, de imagens para guardar. Por uns dias, casei-me e fui feliz. Só me faltava mesmo eu também ter que me levantar e ir trabalhar.
Alguns desentendimentos com a comida, apesar de ser fininho eu gosto de jantar bem e tu gostas de bem jantar. Mas nada que se resolva entretanto.
Passam com estes dias umas boas 15 refeições em casa conjunta, umas boas 150 gargalhadas fortes, e 1 pé que foge ao entalanço de uma porta.
Rimo-nos e sorrimos muito, acho que foi esse o máximo destes dias. E isso foi importante por ás vezes entre nós se pensar que isso fugiu, a parte do ser bom estar juntos, que sobrava apenas a parte do ter que estar juntos.
Não comi passas este ano, não beijei os pais. Cresce-se. Custa crescer, tanto para aprender.
Tanto para estudar, tanto para amar!
Fogo, é difícil solfejar!
Podíamos ser agentes secretos na Ucrânia, mas em vez disso, fomos para Gouveia gritar mentira e Jeff Buckley, "esse está lá em cima há tanto tempo.." , diz ele.
Quero aqui dizer-vos que eu e a Inês namoramos há imenso tempo, e que somos ondas de coisas passadas que encontram novas vivências constantemente, dá uma espuma que jamais se esquece.
Há bolhinhas que ficam.
Alguém lê o nosso blogue? Deixem-nos um comentário. Queremos saber.
E olha Inês, desculpa, é sincero. Há muita coisa para além do que possas pensar que existe. É isto que tenho para te dizer.
Que tenham todos um ano tal e qual os melhores argumentistas do mundo escrevem o amor para os filmes.

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