domingo, 15 de julho de 2007

Lisboa estuda-se, Porto namora-se.


Pela primeira vez, escrevo no sagrado binário em choro.
Contei no dia doze de julho a pole position do meu ano, seguida em segundo lugar por uma qualquer actividade habitual como o bom cheirinho do perfume, se bem que a uma quantidade de pontos de distância a rondar o número de estrelas que faltam descobrir, ou um pacote de fritos no comboio. Claro que não, o meu ano também não foi assim tão mau, fiz e vi, principalmente, muita coisa bonita. A satisfação que sinto com uma coisa, geralmente bonita em vez de boa, marca os meus anos aos bocadinhos. Sei lá quantos anos tinha e lembro-me de uma qualquer viagem só com os meus avós a um parque natural sei-lá-onde, e a minha avó fez uma corrida comigo. Foi bonito, já o sabor da sobremesa no restaurante caro do guinho do amigo do meu avô guardou-se pela paisagem, bonita.
Estou desancantado comigo. Porém, pus-te a dançar comigo com luz de candeeiro. Olha, eu a chorar outra vez, pensava que já tinha passado.
Cheguei a querer tirar uma fotografia do pôr-do-sol igual, quero dar-te um sorriso semelhante ao do ano passado com o poster, sabes. Levei eu o leite&mel, pas mal, claro. Mas queria tudo perfeito.
Não tenho medo de usar "perfeito", já que mo disseste, eu posso dizer-to sem ter medo que me digas que nada é perfeito. Pois bem, cheirem-nos cá vocês todos os seres que não estiveram connosco. Eu, Tu, e aquele mosquitozito que vai na volta te atacava.
O sr do Don Pito mandava cumprimentos lá para casa, igual ao ano passado. Ele, e o meu fascínio por aquele pôr-do-sol. Fónix, parece que nunca vi um pôr-do-sol.
Já choras?
Depois já que se previa alguma tolice "contemporânea" vindo de mim, já que me deitei na relva para me tirares uma foto. Uh, arrojado, parece um passo de dança meu no NB. Aposto que também te vais lembrar para sempre.
Sinto saudades de acordar destapado, de acordar com festas e senti-las tão nitidamente por toda a sua extensão temporal, e ser incapaz de mexer um dedo como se estivesse mesmo, mesmo a dormir!
Quis sentar-me à ponta da cama, agora à noite, a ver se te sentavas comigo. Agora era porque havia foguetes, em dois sítios. O mais à direita era um cabum-pum-pum festejando a última madrugada deste ano no Porto; o mais à esquerda era o After-Sunset, simplesmente. Sim, porque antes houve o Before Sunset, e cafés puros, e eles a falar tipo amigos, como tu e os multibancos e os VINCI'S, e eu e tu tipo na praia, mesmo amigos, lol. Mas vinha ali algo mais que uma boa sessão nocturna de cinema altamente, potencialmente, optimamente consumido por dois amantes. Vinha ali mais uma concessão de
perseverança sobre nós, a somar aos jammie cullum's em cafés de cidades bem fora do rapaz, a yellow's no mercado onde há folclore, a vezes infinitas de musicas assim tambem quando cada um está sozinho em comercentociais (leia-se c. comercial), aos 23's, epa, tu sabes onde quero chegar. Eu era capaz de dizer coisas do género "Se amanhã não bater mesmo mesmo de chapas com um 23, atiro-me da ponte Salazar", porque ele há-de lá estar. Não tivesse eu sacado aquele filme ranhoso, não me tinha queixado que não prestava, não o tinha desligado, não me teria aborrecido e ligado a tv, não teria parado na rtp a ver uma livraria com pulgas, não te teria beijado, não me terias amado, não te teria conhecido, não me terias cumprimentado.
Obrigado,

João

e até 2008 no Ramalde, não é ?

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