Disse-me a aventura do blog muito.
Principalmente, mostrou a decadência da mais bonita flor origami que tive; Não foi fácil ler as instruções quando se começou, tens dito, e ficou bonito no fim.
Talvez quando se quis puxar de um marcador para o pintar se tenha estragado, talvez tenha sido só a distância, ou até aquilo que o DF diz sobre Lisboa, que aqui só há chavascal do divórcio.
Ou secalhar não foi nada disto, e foi a crise. Ou então foram os mimos de merda ou discussões fofinhas.
Facto é, que por ter os dedos presos ao peito, passei a gostar mais de cerveja. De ir ao Benfica. De comprar desodorizantes mais baratos. De cores mais vivas. E deixaste-me, ou deixei-me perder a sépia que usava para escrever aqui. Por não saber escrever, deixei de escrever. E nunca fui bom a jogar à malha.
Não sei o que devo guardar.
Não sei se é para guardar.
Quando perder os papéis, e as memórias, ainda que achasse muito dubioso isso acontecer, é isto que sobra Um blogue sobre um acaso feliz na vida. Dois, até. Amores e desencontros, e sobre como afinal o nó que os marinheiros dão é tão igual a todos os outros.
O certo é que com a brincadeira, fiquei perto de chegar ao dia de ter a matrícula do meu próprio carro, e viver com medo disso. E que eles continuam a disparar por todo o lado.
E o que fecho, é meramente o botão do "Nova Mensagem".
Não tendo mais nada para dizer, despedia-me com amor e carinho até ao próximo blogue.
Mas tenho.
E por isso, não o vou dizer.
Andar, marinheiro, andar, não te apanhe S. Simão no mar.
Um brinde a nós, vinte e três.
João Mariano, sobrevivente número dois do naufrágio mais bonito do mundo.